O QUE É LITURGIA.
“A liturgia é a fonte primária do
Verdadeiro espírito cristão” (Paulo VI).
Liturgia é
uma palavra da língua grega que quer dizer: Ação do povo, ação em favor do
povo.
É
a ação de um povo, reunido na fé, em comunhão com toda a Igreja,
para celebrar o Mistério Pascal – Morte e Ressurreição de
Cristo, presente na Assembléia, oferecendo-se ao Pai como culto
perfeito.
Como
o Concilio Vaticano II definiu a liturgia? À luz da Constituição litúrgica “Sacrossanctum
Concilium” – que foi o primeiro documento conciliar, publicado em Roma no dia 4
de dezembro de 1963 -, podemos dizer que é: “ uma ação sagrada pela qual através de ritos
sensíveis se exerce, no Espírito Santo, o múnus sacerdotal de Cristo, na Igreja
e pela Igreja, para a santificação do homem e a glorificação de Deus” (cf SC,
7).
Aprofundando melhor no conceito do
“Sacrossanctum Concilium” veremos:
a) Ação sagrada – Quer dizer: ação de uma comunidade
– Igreja onde Cristo age. É sagrada, pois comunica Deus e por ela nos
comunicamos com ele. E ai entra a fé e o amor.
b) Ritos sensíveis – Esta comunicação com Deus, por
Cristo e em Cristo se faz através de sinais e símbolos, isto é, de forma
sacramental.
c) O múnus sacerdotal de Cristo - É ele (Cristo) quem age e continua
a realizar a obra da salvação de modo que todos possam realizar a sua vocação
sacerdotal recebida no Batismo.A ação sagrada é de Cristo. É ele o sacerdote
principal – o oferente e a oferta.
d) Na Igreja e pela Igreja – Cristo não age sozinho, mas se faz
presente na e pela ação da Igreja toda.
e) Para a santificação do homem e a
glorificação de Deus –
Estes são os dois movimentos de cada ação litúrgica: o movimento de Deus para o
homem – a santificação. E o movimento do homem para Deus – a
glorificação.
Outra Definição que
possuímos da liturgia é, conforme o documento de Medellín?
“A
liturgia é a ação de Cristo Cabeça e de seu corpo que é a Igreja. Contém,
portanto, a iniciativa salvadora que vem do Pai pelo Verbo e no Espírito Santo,
e a resposta da humanidade naqueles que se enxertam, pela fé e pela caridade,
no Cristo, recapitulador de todas as coisas. A liturgia, momento em quer a
Igreja é mais perfeitamente ela mesma, realiza indissoluvelmente unidas, a
comunhão com Deus entre os homens, e de tal maneira que a primeira é a razão da
segunda. Se antes de tudo procura o louvor da Glória e da graça, também está
consciente de que todos os homens precisam da Glória de Deus para serem
verdadeiramente homens” (Medellín – lit. 9,2)
ASSEMBLÉIA
LITURGICA.
“Proclamai
uma reunião sagrada! Reuni o
povo,
convocai uma assembléia, congregai
os
anciãos, reuni os jovens”... (Joel 2,16)
Definição:
É uma reunião de pessoas em vistas de um determinado
objetivo, meta ou fim.
Assembléia Litúrgica: É um povo convocado por Deus
para responder à sua Palavra em atitude de fé. É o corpo de Cristo: sinal
visível do grande mistério da Igreja em toda a sua realidade.
Quem
convoca a assembléia litúrgica é o próprio Deus. Foi ele quem escolheu cada um
de seus membros (“fui eu que vos escolhi” – Jô 15,16) por chamado especial.
“Tomar-vos-eis por meu povo, e serei o vosso Deus” (Ex 6,7).
O QUE CELEBRA O
POVO
“A obra da salvação, continuada
pela Igreja, se realiza na
liturgia.”(Sc,6)
Como toda Celebração, a liturgia envolve um grande
acontecimento: trata-se de celebrar o MISTERIO PASCAL – a paixão, a morte, a
ressurreição e a glorificação de Cristo. E é este o acontecimento central de
nossa fé.
MISTÉRIO PASCAL.
Mistério
Pascal: Costumamos dizer que liturgia é a celebração dos
mistérios de Deus. Que mistérios são esses? Quando falamos em mistérios de Deus
queremos indicar os projetos de Deus que se realizam na pessoa de Jesus
Cristo: a redenção e a salvação de todos os homens, a implantação do Reino de
Deus no mundo, a participação de todos da vida e da felicidade de Deus...
Qual é o mistério central da vida de Cristo? É a sua
paixão, morte e ressurreição. Que nome se dá ao mistério da paixão, morte e
ressurreição de Jesus Cristo? Dá-se o nome de Mistério Pascal.
E
o que se quer dizer Pascal? Deriva-se de páscoa, que significa
passagem. Portanto, mistério pascal é a passagem de Cristo pelo
sofrimento e morte até a sua ressurreição-glorificação.
Quando se fala em mistério pascal não se deve pensar somente
em Jesus. A páscoa de Jesus está unida à páscoa do povo de Deus. A páscoa é
páscoa do Cristo total: cabeça e membros.
O que faz a liturgia? A liturgia celebra a páscoa do
Senhor e a páscoa do se povo. Celebra os sofrimentos, a morte, a ressurreição-glorificação
de Jesus; mas celebra também, por um lado, as lutas as dores, as angústias e a
morte do nosso povo, e por outro lado, celebra suas conquistas, alegrias e
esperança em vista de uma sociedade fundada na justiça e na fraternidade.
Que lugar ocupa a liturgia no plano de Deus? Deus organizou, um plano que passa pelos
profetas e por Cristo chega até nós. E ele quis o prolongamento deste plano na
história dos homens. A liturgia se inscreve na continuidade da Obra de Deus
desde a criação até a Parusia - o fim dos tempos, quando na Nova Jerusalém
celebramos de um modo perfeito e definitivo a liturgia celeste (SC, 8).
O Papel da Liturgia na Missão de Cristo: Para
unir, reunir e congregar todos os homens em Deus, Cristo permanece presente,
atual, vivo, hoje e sempre na celebração litúrgica. Ele é o litúrgico por
excelência. É altar e oferenda, vítima e holocausto. Nele encontra-se a
plenitude do culto divino. Toda a vida de Cristo é litúrgica e sacerdotal. Está
a serviço:
Ä Da
glorificação de Deus (“Eu te louvo, ó Pai” – Lc 10,21);
Ä As
santificação dos homens (“Conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará” – Jô 8,32);
Ä Da
reconciliação de todos com Deus (“Eu não quero a morte
do pecador, mas que ele se converta e viva” – Mt 9,13).
Papel
da Liturgia na Vida da Igreja:
Ä É
o próprio Deus que envia:
|
-
Seus profetas;
|
|
-
Seu Filho – Jesus Cristo;
|
|
-
Seus apóstolos e discípulos;
|
|
-
Sua Igreja.
|
|
|
Ä E
estes são enviados para:
|
-
Pregar a BOA NOVA;
|
|
-
Realizar a obra da Salvação;
|
|
-
Oferecer sacrifícios;
|
|
-
Celebrar os sacramentos.
|
Daí é que podemos dizer que a liturgia é a Igreja viva como:
sacramento, sinal e instrumento de união com Deus e de Salvação dos homens.
A Liturgia é vida para a Igreja: A vida da Igreja
resume-se no serviço de Cristo que salva. Por isso, a Igreja é sinal,
instrumento e sacramento visível de unidade e salvação. Este serviço é de modo
especial a liturgia – serviço em favor do povo. Nela a Igreja atualiza o
Mistério Pascal do Cristo para a salvação do mundo e louva a Deus em nome de
toda a humanidade.a liturgia é o momento culminante da vida da Igreja, da
atuação do Espírito Santo e da perseverança do Cristo Glorioso. É a vida da
Igreja onde o Cristo se faz presente, realizando a salvação do seu povo.
Liturgia é, portanto, a salvação celebrada atualizada, acontecida e vivida.
A HISTÓRIA DA LITURGIA.
“Para
conservar a sã tradição e abrir ao mesmo tempo
o
caminho a um progresso legítimo, faça-se uma
investigação teológica histórica e pastoral
acerca
de cada uma das partes da liturgia que
devem
ser revistas”. (SC,23).
O
que Cristo deixou determinado com relação a liturgia?
Jesus Cristo não deixou nada escrito. Não traçou nenhum
ritual de cerimônias religiosas. A grande liturgia de sua vida foi, de fato, a
sua entrega, na cruz, oferecendo-se como sacrifício, ao Pai e aos homens. Os
apóstolos, porém, assistidos pelo Espírito Santo, organizaram as primeiras
comunidades e criaram maneiras novas para o culto das mesmas. Tudo foi sendo
conforme a realidade e necessidade do povo.
A Igreja vai se encarnando, se aculturando, se adaptando
conforme as necessidades de cada lugar e de cada época. E isto é bem claro com
relação a liturgia. No principio, os
apóstolos, como os primeiros cristãos, continuam freqüentando o templo para
oração. A Igreja, no seu começo, não possuía
um culto próprio diferente do culto do judaísmo. Mas, ao mesmo tempo que
freqüentavam o templo, os cristãos iam criando formas próprias de culto. O
mesmo vai acontecendo nas casas.
Ai, os cristãos se reúnem para a sua liturgia, celebrando a
nova aliança com morte de Cristo pela renovação da Ceia Pascal do Senhor.
AS
PRIMERIAS LITURGIAS.
“Eles
mostravam-se assíduos ao
ensinamento
dos apóstolos à comunhão
fraterna,
à fração do pão e às orações”. (At 2,42).
Nossa
liturgia tem sua origem (fato): A nossa liturgia tem a
sua origem na última ceia de Jesus Cristo com o grupo dos 12 apóstolos. Dela
falam os evangelistas Mateus (26,26-28) Durante a refeição • , Jesus tomou o pão e, depois de ter
pronunciado a bênção, ele o partiu; depois, dando-o aos discípulos, disse:
Tomai, comei, isto é o meu corpo • A seguir, tomou uma taça e, depois de ter dado
graças, deu-a a eles, dizendo: Bebei dela todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da
Aliança, derramado em prol da multidão, para o perdão dos pecados • Marcos (14,22-25) e Lucas (22,19-20) e o apóstolo Paulo (1Cor
11,23-25). Eles ainda apresentam o pedido de Jesus “Fazei isto em memória de
mim”.
Liturgia
será sempre memória: De Jesus Cristo. Ou melhor, da sua Paixão e morte,
ressurreição e ascensão. Para nós a celebração eucarística é um “memorial” –
nela recordamos a ceia de Jesus na véspera de sua morte, na qual se entregou ao
Pai por nós.
As
Primeiras Liturgias nas primeiras comunidades: As primeiras liturgias das
comunidades primitivas eram bem celebradas e participativas; conservavam um
sabor especial que era a presença viva de Jesus. Celebravam nas casas, entre as
famílias.
Os alimentos,
os cantos, a música, tudo era parte das pessoas e não algo estranho a elas. A
Eucaristia era, acima de tudo, a recordação viva do mestre Jesus. E essa
recordação era para ser confrontada com a vida pessoal de cada um e com a vida
da comunidade. O mais importante em tudo isto era a viva participação de todos:
“Quando estais reunido, cada um de vós, pode cantar um canto, proferir um
ensinamento ou uma revelação... mas que tudo se faça para a edificação” (1Cor
14,26).
Entre
os primeiros Cristão já havia uma rito da palavra: Os
primeiros Cristãos reunidos para a liturgia tinham a consciência de que a
pregação dos apóstolos era a Palavra de Deus. Após ouvir com atenção, a
pregação dos apóstolos, eles celebravam a ceia do Senhor. Assim, desde o
inicio, a palavra anunciada antecede à celebração Eucarística.
Porque os cristãos das comunidades primitivas tinham o
costume de reunir-se no domingo? Porque foi no domingo – “o primeiro dia da
semana” – que o Senhor Jesus Cristo Ressuscitou.
“Devido à tradição apostólica que tem sua origem no dia
mesmo da Ressurreição de Cristo, a Igreja celebra cada oitavo dia o Mistério
Pascal. Esse dia Chamava-se justamente
dia do Senhor ou domingo. Neste dia, pois, os cristãos devem reunir-se
para, ouvindo a Palavra de Deus e participando da Eucaristia, lembrarem-se da
Paixão, Ressurreição e Glória do Senhor
Jesus e darem graças a
Deus que os regenerou para a viva
esperança, pela Ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos.” (1Pd 1,3).Por
isso, o domingo é um dia de festa primordial que deve ser lembrado e inculcado
à piedade dos fieis, de modo que seja também uma dia de alegria e de descanso
do trabalho”. ( cf. SC, 106).
O modo como as primeiras comunidades celebravam a
eucaristia? (Atos 2,42-47) Eles eram assíduos ao ensinamento dos apóstolos
e à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações • O temor se apoderava de todo mundo:
muitos prodígios e sinais se realizavam pelos apóstolos. Todos os que abraçaram a
fé • estavam
unidos •
e tudo partilhavam. Vendiam
as suas propriedades e os seus bens para repartir o dinheiro apurado entre
todos, segundo as necessidades de cada um. De comum acordo, iam diariamente
ao Templo •
com assiduidade: partiam o pão em casa,
tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam
a Deus e eram favoravelmente aceitos por todo o povo • . E o Senhor
ajuntava cada dia à comunidade os que encontravam a salvação.
O que aprendemos da Liturgia dos primeiros Cristãos: Os
primeiros cristãos não apenas celebravam a liturgia, mas vivia a liturgia. Do
se comportamento podemos retirar algumas lições para nós, hoje:
Ä Constata-se,
em primeiro lugar, uma estreita ligação entre a celebração e a vida deles. A
celebração da entrega do Corpo e Sangue do Senhor Jesus era a expressão da
doação de suas vidas pelos outros. Todos se preocupavam pelos problemas de
todos “Um por todos e todos por um”.
Ä Descobre-se
também a presença de uma comunidade ativa por ocasião das celebrações, de onde
se tirava força para viver a mensagem libertadora de Jesus Cristo.
Ä Denuncia-se
ainda a barreira que impede a celebração autêntica: o egoísmo de alguns ricos
que se uniam em grupos fechados e marginalizavam os pobres. Aparece a exigência
da mudança de vida, para que a Eucaristia seja, de fato, sinal e instrumento de
transformação social, para criar verdadeira comunhão e não apenas reunião. (cf
1Cor 11,17-34).
(1Cor 11,
17-26). Isto posto, eu não tenho de
que vos felicitar: as vossas reuniões, muito ao invés de vos fazer progredir,
vos prejudicam. Primeiramente, quando vos reunis em assembléia, há entre vós divisões,
dizem-me, e creio que em parte seja verdade: é mesmo necessário que haja cisões entre vós, a fim de que
se veja quem dentre vós resiste a essa provação • . Mas
quando vos reunis em comum, não é a ceia do Senhor que tomais. Pois na
hora de comer, cada um se apressa a tomar a própria refeição • , de maneira que um tem fome, enquanto o outro está embriagado • . Então, não tendes casas para comer e beber? Ou desprezais a
Igreja de Deus, e quereis afrontar os que não têm nada? Que vos dizer? É
preciso louvar-vos? Não, neste ponto eu não vos louvo.
De fato, eis o que eu recebi do Senhor•, e o que vos transmiti•: o Senhor Jesus, na noite em
que foi entregue, tomou pão, e após ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, em
prol de vós•,fazei isto
em memória de mim• . Ele fez o
mesmo quanto ao cálice, após a refeição, dizendo: Este cálice é a nova Aliança
no meu sangue; fazei isto todas as vezes que dele beberdes, em memória de mim. Pois todas as vezes que comerdes deste
pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.
Ä Sente-se
a ligação entre a missa e Igreja: pela Eucaristia a Igreja se constrói
anunciando, denunciando e vivendo Jesus.
O Domingo.
“No dia do Sol todos
nos congregamos... Porque nesse dia ressuscitou dentre os mortos Jesus Cristo,
nosso Salvador”. (São Justino).
De onde vem este nome? São João, no Apocalipse, é o
primeiro autor sagrado que fala do “ Dia do Senhor”: Eu, João, vosso irmão e
companheiro na tribulação, na realeza e na perseverança em Jesus, encontrava-me
na ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus...” (cf. Ap 1,9-10a). No
final do século I a Didaqué também faz menção deste nome: “Reuni-vos cada Dia
do Senhor, parti o pão e daí graças depois de haver confessado vossos
pecados, a fim de que vosso sacrifício seja puro”.
Qual é a origem do domingo? Estes
mesmo textos citados demonstram que era costume dos apóstolos assistir ao culto
sinagogal, continuando logo com uma vigília que se estendia até a madrugada do
primeiro dia. Havia, pois, uma justaposição do culto sabático judeu com o
nascente culto dominical cristão.
O que se celebra neste dia? São
Justino dá testemunho da consciência da celebração semanal da Páscoa da Igreja
nascente: “nos reunimos no dia do sol, tanto porque é o primeiro dia em que Deus
Criou o mundo, como porque nesse mesmo dia Cristo, Salvador, ressuscitou dentre
os mortos”.(Ap. nº 67)
Quais as característica do domingo Cristão?
Ä A
Aspersão – recordação da incorporação batismal no mistério
de Cristo.
Ä A
celebração da Eucaristia e a obrigação de assistência à mesma.
Qual
a origem da idéia do repouso dominical? Sua origem descansa na
doutrina vétero-testamentária do
sábado. No cristianismo só se conhece a partir da segunda metade do século III.
O imperador Constantino se encarregou de generalizar o descanso dominical
estabelecido como lei o que já era costume bastante difundido entre os
cristãos. Prescrições cada vez mais rigorosas foram aparecendo no século
seguinte.
Qual
é a significação teológica do domingo na tradição cristã? Podemos considera-la em
três aspectos, a saber:
Ä O
dia da Ressurreição – Aspecto Comemorativo:
Nos
primeiros séculos do cristianismo, a Páscoa foi a única festa que se celebrou
em toda a Igreja a sua celebração foi semanal. Concretamente, no domingo. A
primazia do domingo sobre os demais, como comemoração anual, apareceu bem mais
no século II. São inumeráveis os testemunhos da celebração dominical da Páscoa.
Santo Inácio de Antioquia recomenda festejar o oitavo dia “Porque nele Jesus ressuscitou dentre os mortos”.
Tertuliano dá ao domingo o nome de “Dia da Ressurreição”. Posteriormente, São
Jerônimo, Santo Agostinho e outros remontam aos apóstolos a instituição do
domingo como “a celebração semanal da Ressurreição”.
Ä O
dia da vinda do Senhor – Aspecto escatológico.
O
elemento escatológico é essencial na fé e na vida cristã. “ A Igreja, nos
ensina o Concilio Vaticano II, a que todos temos sido chamados em Cristo Jesus
e na qual, pela graça de Deus, adquirimos a santidade, não será elevada à sua
plena perfeição senão quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas”
(At 3,21) e quando o gênero humano, também o universo inteiro, que está
intimamente unido com o homem por ele alcançar seu fim, será perfeitamente
renovado. (cf Ef 1,10; Cl 1,20 e 2Pd
1,10-13).
Isto é o que professamos todos os domingos na recitação do
credo: “... de novo há de vir julgar os vivos e os mortos (...) Cremos na
ressurreição da carne e na vida eterna”. (Cf. Profissão de fé).
Como se vê esta ansiosa espera da Igreja da vinda definitiva
do Senhor tem lugar, de maneira especial, na celebração litúrgica do domingo,
chamado também o “oitavo dia”, quer dizer o dia que segue ao tempo, o dia
eterno “que não conhece o ocaso”.
Ä O
dia da presença do Senhor – Aspecto Significativo.
A
celebração dominical de Cristo ressuscitado atualiza em nossas existências sua
presença e seu ministério salvífico. A constituição Sacrossanctum Concilium
sobre a liturgia, no nº 7, nos mostra os vários modos da presença de Cristo e
de seu ministério na Celebração Eucarística. Desta maneira se vê claro que o
domingo é o dia da presença do ressuscitado. É o “aqui e o agora” da festa
cristã.
Através
dos distintos elementos da celebração dominical, se fazem presentes, no meio de
sua Igreja, o Senhor Ressuscitado e seu mistério salvífico pascal.
Qual
é o elemento determinante do dia do Senhor?
Assim como o domingo se caracteriza, antes de tudo, pela
reunião da comunidade eclesial para escutar a palavra de Deus e participar da
Eucaristia (SC nº 106), a santificação do domingo com a Eucaristia não é algo
imposto à vista do cristão, por um preceito da Igreja, mas que é um elemento
constitutivo e determinante do Dia do Senhor que é por ele mesmo o dia da
comunidade.
O domingo é o dia da fraternidade cristã:
Foi nesse dia que São Paulo quis que se fizesse uma coleta
em favor dos irmãos da Igreja de Jerusalém. E segundo o testemunho de São
Justino era também nesse dia que os fiéis ajudavam aos irmãos mais
necessitados. A Assembléia Dominical convoca todos os fieis para reunir-se em
comunidade de irmãos, testemunhas do
ressuscitado. A Eucaristia – sinal e origem da unidade – os ligava uns aos
outros com um laço profundo: a vida de Cristo.
Por isso não foi difícil compreender porque desde o principio foi constituído
este dia como o dia da caridade fraterna.
O Ano Litúrgico.
“Revela todo mistério
de Cristo no decorrer do ano, desde a encarnação e nascimento até a ascensão,
ao pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor”.
(SC,102)
Conceito:
È o período através do qual a Igreja celebra todo o mistério
de Cristo: da Encarnação ao Pentecostes e à espera da vinda do Senhor. Inicia
com o primeiro domingo do advento e termina com a festa de Cristo Rei.
O começo:
Nos primeiros tempos do cristianismo havia somente os
domingos. Cada domingo era de festa. Celebrava-se o mistério Pascal: morte e
ressurreição do Senhor. Com o tempo, os cristãos começaram a celebrar um destes
domingos de modo especial: chamado o domingo da Páscoa.
Depois, celebravam em dias determinados do ano, uma festa
especial ou outros acontecimentos importantes da vida de Cristo: Nascimento,
Epifania, Ascensão, Pentecostes. Assim teve origem a festa do Ano Litúrgico.
A
divisão do Ano Litúrgico: O Ano litúrgico tem fundamentalmente
dois grandes ciclos: o da Páscoa, o mais importante, e o do Natal. Cada um tem
uma preparação, a celebração e o prolongamento. O que corresponde ao seguinte
esquema:
Ä O
CICLO DA PÁSCOA:
Preparação –
Quaresma:
|
Os catecúmenos se
iniciam na vida da Igreja. Os batizados renovam os compromissos do Batismo
pela penitência.
|
* Idéias-força deste
tempo: Oração, conversão e penitência.
|
|
Celebração:
Páscoa, Ascensão e Pentecostes.
|
|
*Idéias-força deste
tempo:
|
Ser testemunha da
Ressurreição pela palavra e pelas obras, na vida: familiar, pessoal e social.
|
Prolongamento:
Domingos depois de Pentecostes.
|
Ä O
ciclo do Natal:
Preparação –
Advento:
|
A vinda de Jesus na
humanidade. Está incluída a espera de Jesus na Glória e sua vinda no dia de
nossa vida.
|
*Idéias-força deste
tempo:
|
A esperança e o
desejo de que Cristo se manifeste na História dos homens.
|
Celebração:
Natal e Epifania.
|
|
ü Natal:
|
Assumido a natureza
na Virgem Maria, Cristo se torna participante da natureza divina.
|
ü Epifania.
|
A manifestação de
Jesus como filho de Deus representada pelos magos. Os homens a quem Cristo se
manifesta devem, por sua vez, manifesta-lo aos outros como fizeram os
pastores e os reis magos.
|
Prolongamento:
Domingo após a Epifania.
|
|
O
TEMPO COMUM:
Além dos tempos com características próprias, restam no
ciclo anual 33 ou 34 semanas. Nelas, não se celebra algum aspecto especial do
mistério de Cristo, mas comemora-se o próprio mistério de Cristo em sua
plenitude, principalmente aos domingos. Este é o tempo comum.
Começo
e fim do tempo comum: Inicia-se
na segunda-feira seguinte ao domingo depois do dia 6 de janeiro e se estende
até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do
domingo de Pentecostes e termina antes das primeiras vésperas do primeiro domingo
do advento.
Culto aos dias dos Santos: A celebração do mistério
de Cristo se completa na festa dos Santos, que são membros gloriosos da Igreja.
Sem dúvida, Jesus é o único Santo. E é tão santo que comunica aos homens a sua
própria santidade. No principio do Cristianismo a Igreja festejava os mártires
que tinham dado a vida pela fé (Cf. Ap 14,1-5; 21,4). Terminadas as
perseguições o povo começa a venerar os grandes heróis da santidade: bispos,
eremitas, etc...
O vaticano II afirma que os santos são “os nossos irmãos,
amigos e benfeitores”. A Igreja proclama “O Mistério Pascal (SC nº 40) nos
santos que sofreram e são glorificados em Cristo”.
Cada Igreja particular honra os santos mais ligados à
piedade popular. No fim do ano, reunimos numa só festividade todos os santos,
de todos os povos e nações que já chegaram à Glória do Pai.
O Lugar de Maria: Entre todos os eleitos, resplandece a figura de Maria de Nossa
Senhora – Mãe de Jesus e Mãe do Povo de Deus. Ela é “membro eminente e modelo
da Igreja”. Várias vezes, anualmente, desfilam diante de nós as festas de Nossa
Senhora – sem esquecer o mês de maio, a ela
totalmente consagrado.
Esquema do Ano Litúrgico.
|
Advento:
|
Inicio:
|
ü 4
domingo antes do Natal.
|
|
Término:
|
ü 24
de dezembro à tarde.
|
|
|
Espiritualidade.
|
ü Esperança
e Purificação da vida.
|
|
Ciclo
do Natal
|
Ensinamento.
|
ü Anuncio
da vinda do Messias.
|
|
Cor.
|
ü Roxa.
|
||
|
|
|
|
Natal.
|
Inicio:
|
ü 25
de dezembro.
|
|
Término:
|
ü Na
festa do Batismo de Jesus.
|
||
Espiritualidade.
|
ü Fé,
alegria e acolhimento.
|
||
|
Ensinamento.
|
ü O
filho de Deus se Fez Homem.
|
|
|
Cor.
|
ü Branca
|
|
|
|
|
|
|
Tempo
comum (1ª parte).
|
Inicio:
|
ü 2ª
Feira Após Batismo de Jesus.
|
|
Término:
|
ü Véspera
da 4ª feira de cinzas.
|
|
|
Espiritualidade.
|
ü Esperança
e escuta da Palavra.
|
|
|
Ensinamento.
|
ü Anúncio
do Reino de Deus.
|
|
|
Cor.
|
ü Verde.
|
|
|
|
|
|
|
Quaresma
|
Inicio:
|
ü Quarta-feira
de cinzas.
|
|
Término:
|
ü 4ª
feira da Semana Santa
|
|
Ciclo
da Páscoa.
|
Espiritualidade.
|
ü Penitência
e Conversão.
|
|
Ensinamento.
|
ü A
misericórdia de Deus.
|
||
Cor.
|
ü Roxa.
|
||
|
|
|
|
Páscoa
|
Inicio:
|
ü 5ª
feira Santa (Tríduo Pascal)
|
|
Término:
|
ü No
Pentecostes.
|
||
Espiritualidade.
|
ü Alegria
em Cristo Ressuscitado.
|
||
|
Ensinamento.
|
ü Ressurreição
e vida eterna.
|
|
|
Cor.
|
ü Branca.
|
|
|
|
|
|
|
Tempo
comum
(2ª
parte).
|
Inicio:
|
ü 2ª
feira após o Pentecostes.
|
|
Término:
|
ü Véspera
do 1º Domingo do Advento
|
|
|
Espiritualidade.
|
ü Vivencia
do Reino de Deus.
|
|
|
Ensinamento.
|
ü Os
Cristãos são o sinal do Reino.
|
|
|
Cor.
|
ü
Verde.
|
|
ü Nota:
Além das festas de |Jesus, dentro do Ano Litúrgico estão as festas da Virgem
Maria, dos Apóstolos e dos outros Santos.
|
Comunicação
O Ato de comunicar tem como essência a transmissão a outrem
de algo que acontece em nosso interior: sentimento, pensamento, intenção,
estado de espírito ou orientar a outrem. Portanto, o ato de comunicar
supõe essencialmente a necessidade de
uma subjetividade para além da nossa. E é para esta subjetividade transcendente
a nós que queremos dar a conhecer nossa intimidade, que queremos conhecer sua
intimidade e, também, orientar o outro para que aja de forma a buscar seu
próprio bem ou que nos oriente para que
busquemos o nosso bem em consonância com os demais. A comunicação é, portanto
uma ação humana expressa mediante palavras, gestos, símbolos, cores e sinais.
Fico sabendo que o outro pensa, quando ele expressa,
exterioriza, comunica. Ele o faz com seu próprio corpo (expressão corporal e
verbal) ou lançando mão de recursos externos: instrumento musical, caneta,
pincel, argila e etc.
Na liturgia: Não somente as pessoas comunicam o que
trazem em seu intimo. Cada elemento que nos rodeia nos põe em relação com o que
eles representam. Assim, o espaço celebrativo, a ornamentação, o cuidado com os
objetos litúrgicos, as atitudes dos membros da assembléia, tudo nos fala de
como é nossa fé, nossa teologia, nosso respeito em relação aos mistérios que
celebramos.
Realidades que comunicam: Muitas as realidades que tocam
nossos sentimentos, nos comunicam algo e de certo modo provoca em nós algum
tipo de reação. Segue algumas dessas realidades, canalizando-as para o campo da
liturgia:
Ä Palavra:
é o meio mais comum da comunicação entre as pessoas. Temos que tomar cuidado com a palavra, pois ela pode
ser fonte de um mal entendido, podemos usa-la para omitir a comunicação ou até
mesmo conturbar a própria comunicação.
Ä Espaço
Celebrativo: é o espaço onde se desenrola a ação
litúrgica. O estilo da construção, a disposição do altar, dos bancos ou
cadeiras, cada vez mais devem mostrar o rosto de uma comunidade de irmãos e
irmãs que se reúnem ao redor de Cristo para celebrar sua obra de salvação.
Ä Ornamentação:
refere-se aos objetos artísticos, pinturas, imagens e arranjos que revelam o
bem gosto da comunidade e comunicam a sua mensagem.
Ä Vestimentas:
não servem apenas para cobrir e proteger. Elas informam se é dia de festa ou de
trabalho, se temos papel preciso a desempenhar na sociedade ou não.
Ä Objetos
litúrgicos: não são apenas coisas concretas, são
sinais, por isso transmitem mensagem, não somente pela presença deles, mas pelo
modo como são utilizados ou conservados. A beleza da patena, do cálice e
âmbulas, o formato e o acabamento das velas, as flores naturais e sua
conservação, tudo isso deve concorrer para
uma proveitosa celebração do memorial da páscoa.
Ä Símbolos:
é a expressão, a manifestação de uma realidade invisível, de uma experiência
profunda. Com efeito, não podemos atingir Deus diretamente, mas podemos
atingi-lo pela natureza: o universo, em todas as suas expressões – ser humano,
terra, água, animais, plantas, flores, astros, luz... – torna Deus presente. Em
todas essas realidades está presente a marca do cria dor. Na Liturgia Cristã, o
pão e o vinho, unidos à palavra de Cristo na celebração eucarística (“isto é o
meu corpo... isto é o meu sangue”), tornam o Cristo presente no seio da sua comunidade.
Neste caso, o símbolo – pão e vinho – torna-se sacramento cristão.
Ä Expressão
corporal: é a comunicação do corpo. Nosso modo de olhar,
gesticular, entrar na Igreja, tudo revela nosso interior. Por vezes, fazemos o
sinal-da-cruz tão apressadamente e sem concentração, que mais parece o atp de
espantar moscas! É que estamos distraídos, então o gesto torna-se mecânico.
Nesse caso, há incoerência, pois falta sintonia entre o que deveríamos
expressar e o que deveríamos expressar e o que de fato expressamos. (Posteriormente
falaremos de formas de expressão corporal).
Gestos.
Ä Gestos:
A
liturgia é feita de sinais sensíveis que captamos mediante nossos cincos
sentidos: tato, gosto, olfato, visão e audição. Cada um desses sentidos deve
ser devidamente posto a serviço da celebração.
Olhar:
|
ü Tanto
do presidente quanto de todos os membros da assembléia, devem ser expressão
sincera do que as palavras dizem, uma expressão de envolvimento.
|
Audição:
|
ü
Escutar os sons, a palavra de
Deus proclamada e comentada. Escutar também o silêncio.
|
Tato:
|
ü
Se expressa mediante o toque. A
intensidade, o respeito, o modo como tocamos as pessoas, sinal de respeito e
compreensão dos planos de Deus celebrados na Liturgia.
|
Gosto e
olfato:
|
ü
São dois sentidos um poço
esquecidos nas celebrações. Na comuhão eucarística o paladar tem o seu lugar.
|
Audição:
|
ü
Segundo afirmam as Instruções
Gerais do Missal Romano – sinal da comunidade e da unidade da assembléia,
pois estimula os pensamentos e sentimentos dos participantes. (nº20).
|
Ä Principais
posturas exercidas:
Esquema ou roteiro da missa.
Ritos
Iniciais.
|
ü Comentário
Inicial
|
|
ü De
pé.
|
ü Canto
de entrada.
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Acolhida
e saudação
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Ato
penitencial
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Hino
de louvor (Glória)
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Oração
“coleta”
|
|
ü De
pé.
|
|
|
|
|
|
Liturgia
da Palavra
|
ü Comentário
para a 1ª leitura
|
|
ü Sentados
|
ü Proclamação
da 1ª leitura
|
|
ü Sentados
|
|
ü Salmo
Responsorial
|
|
ü Sentados
|
|
ü Comentário
para a 2ª leitura
|
|
ü Sentados
|
|
ü Proclamação
da 2ª leitura
|
|
ü Sentados
|
|
ü Comentário
p/ o Evangelho
|
|
ü Sentados
|
|
ü Canto
de Aclamação
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Proclamação
do Evangelho
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Homilia
(pregação)
|
|
ü Sentados
|
|
ü Profissão
de fé (Creio)
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Oração
dos fiéis
|
|
ü De
pé.
|
|
|
|
|
|
Liturgia
Eucarística
|
Preparação
das Oferendas
|
ü Canto
e Procissão
|
ü Sentados
|
ü Apresentação
do pão e do vinho
|
ü Sentados
|
||
ü Presidente
lava as mãos
|
ü Sentados
|
||
ü Orai
irmãos e irmãs!
|
ü De
pé.
|
||
ü Oração
sobre as oferendas
|
ü De
pé.
|
||
|
|
|
|
Oração
Eucarística
Ou
Anáfora.
|
ü Prefácio
e “Santo”.
|
ü De
pé
|
|
ü Invocação
do Espírito Santo
|
ü De
pé
|
||
ü Narrativa
da Ceia
|
ü Joelhos/pé
|
||
ü Consagração
do pão e do vinho
|
ü Joelhos/pé
|
||
ü “Eis
o mistério da fé!”
|
ü Joelhos/pé
|
||
ü Salmo
Responsorial
|
ü De
pé
|
||
ü Comentário
para a 1ª leitura
|
ü De
pé
|
||
ü Lembra
Morte e Ressur.
|
ü De
pé
|
||
ü Orações
pela Igreja
|
ü De
pé.
|
||
ü Louvor
final (Por Cristo...)
|
ü De
pé.
|
||
|
|
|
|
Rito
da Comunhão
|
ü Pai
nosso e oração
|
ü Joelhos/pé
|
|
ü Saudação
da Paz
|
ü De
pé
|
||
ü Fração
do Pão
|
ü De
pé
|
||
ü Cordeiro
de Deus.
|
ü De
pé
|
||
ü Felizes
os convidados
|
ü De
pé.
|
||
ü Distribuição
da Comunhão
|
ü De
pé.
|
||
ü (Canto
de ação de graça)
|
ü Joelhos/pé
|
||
ü Oração
após a comunhão
|
ü De
pé
|
||
|
|
|
|
Ritos
finais
|
ü Comunicados
e convites
|
|
ü De
pé
|
ü Benção
final
|
|
ü De
pé
|
|
ü Despedida
(Ide em Paz)
|
|
ü De
pé
|
|
ü Cordeiro
de Deus.
|
|
ü De
pé.
|
De pé:
|
ü É
a posição do Cristo ressuscitado. Estar de Pé simboliza prontidão: Estamos
prontos para caminhar em direção a Deus e aos irmãos. É também o símbolo da
dignidade humana.
|
Sentados:
|
ü
É a atitude não somente de quem
ensina (Jesus “subiu ao monte. Ao sentar-se... pôs-se a falar e os ensinava”
– Mt 5,1-2), mas também de quem ouve (“Maria ficou sentada aos pés do Senhor,
escutando-lhe a palavra” – Lc 10,39).
|
Ajoelhados:
|
ü
Revela um Espírito de Humildade e
reconhecimento dos próprios erros (penitencia); expressa o ato de profunda
adoração a Deus.
|
Prostar-se:
|
ü
A prostração é o ato de deitar de
bruços no chão. E realizada no inicio da ação litúrgica da sexta-feira santa,
nas ordenações de bispos, presbíteros e diáconos, e em profissões religiosas.
|
Fazer
genuflexão:
|
ü
É o ato de dobrar os joelhos
(gesto de adoração a Jesus na eucaristia). Ao entrar na igreja, normalmente
as pessoas se dirigem para diante do sacrário e aí fazem genuflexão. Também
fazemos genuflexão diante do crucifixo na Sexta-feira Santa, em sinal de
adoração. (Não é adoração a cruz, mas a Jesus que nela foi pregado).
|
Inclinação:
|
ü Sinal
de grande respeito e também adoração diante do Santíssimo Sacramento.
|
Procissão:
|
ü Simbolizam
a peregrinação do Povo de Deus para a casa do Pai. Somos uma Igreja
“peregrina”.
|
Mãos:
|
|
Levantadas:
|
ü É
atitude dos”orantes”. Significa
súplica e entrega a Deus.
|
Mãos juntas:
|
ü Recolhimento
interior, busca de Deus, fé súplica, confiança e entrega da vida. É atitude
de profunda atitude.
|
Silêncio:
|
ü O
silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé.
“O Senhor fala nos silêncio do coração”.
|
Canto.
Cantar
“A missa” e não “na missa”.
Ele está a serviço do louvor de Deus e de nossa
santificação. Não é apenas para embelezar a missa, mas ajudar toda a assembléia
a rezar. E cada canto deve estar em plena sintonia com o movimento litúrgico
que se celebra, a fim de que não se cante “na missa” mas se cante “a missa”.
O que cantar em uma
celebração?
O que é importante é cantar
a liturgia, priorizando aclamações e repostas da assembléia, os textos
próprios da Missa...
Critérios do canto litúrgico:
v Sejam de inspiração bíblica;
v Tenham referência ao mistério pascal;
v Leve em conta a realidade do povo.
Cantos Litúrgicos X Cantos de Animação:
v Cantos de Animação:
São cantos com mensagens religiosas e ritmos de animação, que são
cantos em encontros, grupos de oração,
peregrinações.
v Cantos Litúrgicos: Cantos adequados ao ritos da
liturgia.
Os momentos da
celebração Eucarística:
Ä Entrada:
Abrir a celebração, promover a reunião da assembléia e introduzir a mente e o
coração no ministério a ser celebrado. É um canto de movimento e não de repouso,
com a função litúrgica de reunir o povo e unificar a assembléia, bem como
acolher o celebrante e equipe.
Ä Ato
Penitencial: É um canto de repouso e não de
movimento, sendo uma aclamação a Cristo, com forte caráter de inovação
penitencial.
Ä Glória:
É um hino em estilo livre, em honra da Santíssima Trindade, louvando o Pai,
suplicando ao Filho com o Espírito Santo. É reservado ao domingos (exceção ao
tempo do advento e da quaresma) e às festas e solenidades.
Ä Salmo
Responsorial: Este é o único que é essencialmente um
Salmo ou canto bíblico. Tem a função de ser um eco da palavra de Deus, uma
resposta, uma verdadeira meditação.
Ä Aclamação:
Por serem assentimentos energéticos, à palavra e ação de Deus, a participação
deve ser solene por toda a assembléia. Durante a quaresma, o refrão aleluia, é
substituído por um outro texto aclamativo.
Ä O
Creio: Se for cantado, que seja numa simples cantilena e
não numa extensa estrutura musical. Deve manter o conteúdo do símbolo
apostólico tradicional.
Ä Preparação
das Oferendas: Sua função é acompanhar a procissão dos
dons, dar maior significado à coleta e acompanhar o rito de preparação das Oferendas.
Ä Santo:
Inicia o centro e o cume de toda a celebração eucarística, que é a narrativa da
instituição. Seu sentido é que toda a congregação dos fieis se uma a Cristo na
proclamação das maravilhas de Deus.
Ä Pai-Nosso:
Uma preparação para a comunhão com o /senhor. Deve ser rezado (cantado) com
dicção calma e compassada, de pausas e de canto leve, quando cantado, deve
manter os termos da oração ensinada pelo próprio Jesus Cristo aos discípulos.
Ä Canto
de Comunhão: Acompanhar e solenizar a participação
dos fiéis à Eucaristia e a caridade fraterna e comunhão no mistério pascal de
Jesus Cristo.
Ä Ação
de graças: São três possibilidades para realizar o
agradecimento. Seja um momento de silêncio ou um canto instrumental ou um canto
de louvor a Trindade.
Ä Canto
de despedida: Canto de “desfazimento” da Assembléia,
com estimula para a semana.
OS SÍMBOLOS LITÚRGICOS.
Há vários sentidos para os símbolos e por isso podemos dizer
que:
Ä Num
primeiro sentido, muito amplo, diz Didier que o símbolo é: “o conjunto dos
significados que circulam numa cultura e através dos quais a sociedade e os
indivíduos encontram a sua identidade”.
Ä É
tudo o que é capaz de expressar de alguma maneira uma realidade que está
presente, que a gente não pode expressar totalmente mas que é muito mais do que
aquilo que a gente pode exprimir por palavras.
Daí
por que o símbolo é a linguagem do mistério. A água é o símbolo da vida, a
bandeira é o símbolo de uma nação, a mãos estendida simbolizará sempre uma
amizade douradora.
Mas
falando de liturgia como podemos defini-los? Quando nos
comunicamos usamos palavras, gestos e símbolos. Sendo a liturgia um momento
privilegiado do amor de Deus, nela são usados gestos, palavras e símbolos.
Quanto mais simbólicas forem as ações
litúrgicas tanto mais assumirão a sua dimensão celebrativa. Na liturgia, os
símbolos, para quem tem fé, revelam o mistério de Cristo. Eles nos colocam em
contato com a realidade celebrativa. Há alguns destes símbolos de identificação
e comunhão com a Igreja que não podem ser mudados. Ex.: o pão eucarístico.
Trata-se de um sinal de identificação com Cristo e que sempre de novo nos leva
a uma identificação com Ele.
Os
símbolos mais importantes da liturgia e seus significados:
Ä Pão:
Destinado à Eucaristia, o pão significa: união, alimento e vida. Como o
alimento se torna “um” com o homem, Deus quer unir os homens em comunhão. Na
Páscoa era o ázimo, que para o povo judeu o pão sempre expressou a benção de
Deus. Comido sem fermento significa a pressa que o povo tinha para sair do
Egito.
O
pão ázimo sendo o pão da Eucaristia guarda característica de alimento: “Eu sou
o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que
eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jô 6,51).
Alimentar
a vida, a comunhão – é este o conteúdo da realidade simbólica do pão
eucarístico.
Ä O
vinho: Lembra a generosidade de Deus. Servindo nas festas
significa: alegria, felicidade. Aproxima as pessoas – os amigos e familiares.
Feito de muitas uvas exprime união, fusão dos corações.
Na
ceia de Jesus ele se torna “ o sangue da
nova aliança e eterna aliança” – cf Lc 22,20.
a antiga aliança foi selada no sangue das vitimas. “Eis, disse Moisés, o
sangue da Aliança que o Senhor fez conosco” (cf. Ex 24,8). Jesus é a vinha
nova, cujo sangue sela a Aliança definitiva, sinal de alegria para toda a
humanidade redimida.
Ä Água:
Recordamos o dom precioso da vida. No batismo esta vida vem e deve ser
conservada como o dom. Mediante a fé é também comunhão com a vida trinitária e
com os irmãos. Pode ser também símbolo da morte: “Pelo batismo, fomos
sepultados com ele (Cristo) na morte para que, como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos para o glória do Pai, assim também vivamos a vida nova”. (Rm
6,4).
Ä Óleo:
Na história dos Israelitas ou, mais precisamente, no Antigo Testamento, eram
ungidos os sacerdotes, os reis e os profetas. Samuel unge a cabeça de Saul dizendo:
“O Senhor te ungiu príncipe sobre a tua herança” (1Sm 10,1). A unção com o óleo
significa consagração, benção e reconhecimento da parte de Deus e especial
distinção diante dos homens. O sacerdote Aarão foi ungido pelo Espírito. O óleo
torna-se símbolo do Espírito de Deus! Quando começa a missão messiânica o
evangelista coloca em sua boca as palavras do Profeta Isaias: “O Espírito do
Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu” (cf Lc 4,18). O próprio Deus ungiu a
Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com sua força (cf At. 10,38). Cristo – o
ungido -, unge por sua vez os cristãos e os torna participantes de sua
santidade e de sua salvação.
Ä Imposição
das mãos: É símbolo de bênção. (cf. Gn. 48,14);
transmitir um cargo ou missão (cf. Lv. 16,21). No Novo Testamento Jesus impõe
as mãos as crianças (Mc 10,16); curando doentes (Lc 13,13; Mc. 6,2). Em Samaria
os Apóstolos Pedro e João transmitem o dom do Espírito Santo pela imposição das
mãos (At 8,17).
O
gesto da imposição das mãos será vivamente, presente na liturgia dos
sacramentos. No Batismo, na Confirmação, na Reconciliação dos Penitentes
(Confissão), na Eucaristia antes da consagração, nas Ordenações (diaconal,
presbiterial ou episcopal), na Unção dos Enfermos e no Matrimônio.
Ä Incenso:
Os mais antigos usavam-no significando purificação e proteção.
Posteriormente tornou-se símbolo da oração
que se eleva a Deus. No Judaísmo simboliza adoração e sacrifício. O odor do
incenso devia servir para aplacar a ira de Javé. O sacrifício do incenso e
adoração em muito se identificam, sendo ambos um sacrifício a Deus. Nos dias
atuais, o incenso ainda tem o sentido de oração e sacrifício de presença de
Deus.
Ä Fogo:
Ele ilumina, purifica, consome, destrói. O fogo novo na Vigília Pascal
significa Cristo. Invocando o Espírito Santo rezamos: “Vinde Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo do vosso amor”. Com
sacrifícios dos holocaustos, nossas vidas deverão ser consumidas, cada dia,
pelo fogo do Amor de Deus.
Ä A
Cruz: Para nós, é sinal de vitória. Por ela nos somos
identificados. Somos marcados pelo amor de Cristo por meio do sinal da cruz a
partir do nosso Batismo.
OBJETOS
UTLIZADOS NA LITURGIA.
Hóstia:
É o pão de trigo puro. Há uma hóstia grande para o Presidente da Celebração e as
pequenas (também chamada de partículas) para o povo. A do Padre é grande para
ser vista de longe, na elevação, e ser repartida entre alguns participantes da
Celebração.
VINHO: É
vinho puro, de uva. Na consagração, o pão e o vinho se mudam no Corpo e no Sangue
de nosso Senhor Jesus Cristo, vivo ressuscitado.
Obs:
As hóstias ou partículas guardadas na âmbula, podemos também chamá-las de
Reserva eucarística.
A âmbula (ou cibório) é
semelhante ao cálice, mas tem uma tampa. Nela se colocam as hóstias. Após a
missa é guardada no sacrário (ou tabernáculo).
Galhetas:
São como duas jarrinhas de vidro. Numa se coloca água, na outra vinho. Elas são
sempre juntas, num pratinho (bandeja) ao lado do Altar.
Missal:
é um livro grosso que tem o rito da Missa, menos as leituras, que estão no
livro chamado Lecionário. Diz-se “Missal Romano” porque é aprovado pelo chefe
da Igreja Católica, que tem sede em Roma.
Lecionário:
livro que contém as leituras para a celebração eucarística.
Crucifixo:
Sobre o altar ou acima dele deve haver um crucifixo, para lembrar que a Ceia do
Senhor e inseparável do seu Sacrifício Redentor. Na ceia, Jesus deu aos
discípulos o “Sangue da Aliança, que ia ser derramado por muitos para o perdão
dos pecados.
Velas:
Sobre o altar vão duas velas. A Chama da vela é o símbolo da fé, que recebemos
de Jesus, “Luz do mundo”, no Batismo e na Crisma. É um sinal de que a Missa só
tem sentido para quem vive a fé.
Flores:
Em dias festivos, podem-se colocar flores. O certo não é “sobre” o “altar”, mas
ao lado dele, pois o altar não é para pôr flores “coisas”.
Candelabro:
Grande castiçal com ramificações, a cada uma delas das quais corresponde um
foco de luz.
Castiçal:
Utensílio que serve de suporte para uma vela.
Círio Pascal:
Vela grande que é benzida e solenemente introduzida na Igreja no início da
vigília pascal; em seguida é colocada ao lado da mesa da palavra ou ao lado do
altar. O círio permanece acesso durante as ações litúrgicas do tempo pascal
(até a festa de Pentecostes). Em muitos lugares costuma-se colocar o círio,
fora do tempo pascal, junto à fonte batismal, acendendo-o em cada celebração
batismal. O círio pascal aceso simboliza o Cristo ressuscitado.
Caldeirinha:
Vasilha onde se coloca água benta para aspersão das pessoas e de objetos.
Aspersório:
instrumento com que se joga água benta sobre o povo ou objetos.
Ostensório:
objeto que serve para expor a hóstia consagrada à adoração dos fiéis e para dar
a benção eucarística.
Luneta:
peça circular do ostensório onde se coloca a hóstia consagrada para exposição
do Santíssimo.
Turíbulo:
vaso utilizado para as incensações durante a celebração.
Incenso:
reina aromática extraída de várias plantas, para se colocar sobre brasas nas
celebrações.
Teça:
pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a eucaristia aos enfermos. É
usada também na celebração eucarística para conter as partículas.
ESPAÇO CELEBRATIVO.
Ambão ou Mesa da
Palavra: estante de onde se proclama a palavra de Deus.
Sacrário ou tabernáculo:
espécie de pequena urna onde se guarda o Santíssimo Sacramento.
Nave da Igreja:
espaço reservado aos fiéis.
Presbitério:
espaço ao redor do altar, geralmente um pouco elevado, onde se realizaram os
ritos sagrados.
Credencia:
mesinha onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na
celebração.
VESTES LITURGICAS OU PARAMENTOS.
Amito: É um pano branco
que envolve o pescoço do celebrante. Veste-se antes da túnica ou da alva.
2- Túnica: Para
lidar com as coisas Santas, o padre usa de sinais sagrados, pondo vestes que o
distinguem das outras pessoas. A túnica é uma dessas vestes. É um manto
geralmente branco, longo, que cobre todo o corpo. Lembra a túnica de Jesus,
“sem costura de alto a baixo”, sobre a qual os soldados tiraram sorte, para ver
quem caberia.
3- Estola: É uma
faixa vertical, separada da túnica, a qual desce do pescoço do padre, com duas
pontas na frente. Sua cor varia de acordo com a liturgia do dia. Existem quatro
cores na liturgia: verde, branco, roxo e vermelho. A estola simboliza o
poder sacerdotal.
Os diáconos
utilizam a tiracolo sobre o ombro esquerdo, pendendo-a ao lado direito.
4- Cíngulo (cordão):
É um cordão que prende a alva ou túnica à altura da cintura. (A alva é uma
veste semelhante à túnica. Usa-se uma ou outra).
Casula:
Vai sobre todas as vestes. Cobre todo o corpo. A cor varia, conforme a
liturgia, com a estola. É uma veste solene, ampla que deve ser usada nas Missas
dominicais e dias festivos.
Capa ou pluvial:
capa longa que o sacerdote usa ao dar a benção do Santíssimo, ou ao conduzi-lo
nas procissões, e ao aspergir a assembléia.
Véu umeral
(ou véu dos ombros): manto retangular que o sacerdote usa sobre os ombros, ao
dar a bênção do Santíssimo ou transportar o ostensório com o Santíssimo
Sacramento.
CORES
LITURGICAS.
Ä O
Branco: simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria.
É usado nos ofícios e missas pascal e do Natal; nas festas e memórias da
Bem-aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não mártires, na
festa de Todos os Santos, São João Batista, São João Evangelista, Cátedra de
São Pedro e Conversão de São Paulo.
Ä O
Vermelho: simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o
martírio. É usado no domingo da Paixão (= domingo de Ramos) e na sexta-feira santa;
no domingo de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos
Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos mártires.
Ä O
Verde: é a cor da esperança. É usado nos ofícios e missas
do tempo comum.
Ä O
Roxo: simboliza a penitência. É usado no tempo do advento
nos ofícios e missas pelos mortos.
Ä O
Preto: é símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos
mortos.
Ä O
Rosa: simboliza a alegria. Pode ser usado no III domingo
do advento e no IV domingo da quaresma.
Nota:
Quanto ao tempo do advento, hoje há uma tendência a se usar o violeta, em vez
do roxo, para diferencia-lo do tempo quaresmal (penitência) e acentuar a
dimensão de alegre expectativa da vinda do Senhor. Nas missas pelos defuntos
usa-se o roxo ou preto. Mas tem-se usado também o branco, para sedar ênfase não
à dor, mas aa ressurreição.
MISSA, PASSO A PASSO.
Vamos relembrar:
Ritos
Iniciais.
|
ü Comentário
Inicial
|
|
ü De
pé.
|
ü Canto
de entrada.
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Acolhida
e saudação
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Ato
penitencial
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Hino
de louvor (Glória)
|
|
ü De
pé.
|
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ü Oração
“coleta”
|
|
ü De
pé.
|
|
|
|
|
|
Liturgia
da Palavra
|
ü Comentário
para a 1ª leitura
|
|
ü Sentados
|
ü Proclamação
da 1ª leitura
|
|
ü Sentados
|
|
ü Salmo
Responsorial
|
|
ü Sentados
|
|
ü Comentário
para a 2ª leitura
|
|
ü Sentados
|
|
ü Proclamação
da 2ª leitura
|
|
ü Sentados
|
|
ü Comentário
p/ o Evangelho
|
|
ü Sentados
|
|
ü Canto
de Aclamação
|
|
ü De
pé.
|
|
ü Proclamação
do Evangelho
|
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ü De
pé.
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ü Homilia
(pregação)
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ü Sentados
|
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ü Profissão
de fé (Creio)
|
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ü De
pé.
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|
ü Oração
dos fiéis
|
|
ü De
pé.
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|
|
|
|
|
Liturgia
Eucarística
|
Preparação
das Oferendas
|
ü Canto
e Procissão
|
ü Sentados
|
ü Apresentação
do pão e do vinho
|
ü Sentados
|
||
ü Presidente
lava as mãos
|
ü Sentados
|
||
ü Orai
irmãos e irmãs!
|
ü De
pé.
|
||
ü Oração
sobre as oferendas
|
ü De
pé.
|
||
|
|
|
|
Oração
Eucarística
Ou
Anáfora.
|
ü Prefácio
e “Santo”.
|
ü De
pé
|
|
ü Invocação
do Espírito Santo
|
ü De
pé
|
||
ü Narrativa
da Ceia
|
ü Joelhos/pé
|
||
ü Consagração
do pão e do vinho
|
ü Joelhos/pé
|
||
ü “Eis
o mistério da fé!”
|
ü Joelhos/pé
|
||
ü Salmo
Responsorial
|
ü De
pé
|
||
ü Comentário
para a 1ª leitura
|
ü De
pé
|
||
ü Lembra
Morte e Ressur.
|
ü De
pé
|
||
ü Orações
pela Igreja
|
ü De
pé.
|
||
ü Louvor
final (Por Cristo...)
|
ü De
pé.
|
||
|
|
|
|
Rito
da Comunhão
|
ü Pai
nosso e oração
|
ü Joelhos/pé
|
|
ü Saudação
da Paz
|
ü De
pé
|
||
ü Fração
do Pão
|
ü De
pé
|
||
ü Cordeiro
de Deus.
|
ü De
pé
|
||
ü Felizes
os convidados
|
ü De
pé.
|
||
ü Distribuição
da Comunhão
|
ü De
pé.
|
||
ü (Canto
de ação de graça)
|
ü Joelhos/pé
|
||
ü Oração
após a comunhão
|
ü De
pé
|
||
|
|
|
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Ritos
finais
|
ü Comunicados
e convites
|
|
ü De
pé
|
ü Benção
final
|
|
ü De
pé
|
|
ü Despedida
(Ide em Paz)
|
|
ü De
pé
|
|
ü Cordeiro
de Deus.
|
|
ü De
pé.
|
1. RITOS INICIAIS
Quando a gente vá a Missa
carrega todo o seu ser para dentro da celebração. Nós entramos na Igreja
convocados por Deus e por isso formamos uma assembléia.
Acolhidos em nome da
trindade pelo presidente, entramos na celebração para:
-
suplicar
-
adorar
-
louvar
-
agradecer
Assim sendo, formamos
como que um corpo comunitário com uma só voz, uma só alma, e um só coração.
Tudo aquilo acontece a
partir deste momento deve ajudar a participação de todos.
A assembléia litúrgica é
como que um ensaio daquilo que a gente vive no dia a dia de corpo comunitário
temos que nos tornar corpo social político.
Somente assim
conseguiremos unir fé e vida.
Mas a missa não é só
isso. Isso ela consegue dar toque de ressurreição as mágoas da nossa vida.
Por isso é que cantamos e
dançamos; por isso é que vestimos a roupa melhor; por isso é que devemos dar um
ar festivo também ao local: por isso é que é a Páscoa semanal!
a) Acolhida fraterna do Presidente, dos
ministros nas portas e dos participantes.
Se os ritos
iniciais têm por objetivo fazer que formemos e nos sentimos um só corpo, uma só
alma, uma só assembléia, devemos cuidar muito bem da acolhida. Acolhendo-nos
mutuamente acolhemos o próprio Deus e ele também assim nos acolhe.
b) Rito Penitencial.
O rito penitencial pode se fazer de
várias formas. Pode haver também o rito de aspersão da água, que nos lembra o
nosso batismo.
c) Momento de louvor.
Este é um momento importante na
celebração, mas é essencial, depende o tipo de celebração: uma Missa durante a
semana, que não seja solenidade, não requer a “glória”.
d) Momento da recordação da vida.
Haja um momento em que são lembrados
os fatos significativos da semana, os positivos e os negativos. Geralmente isto
se faz depois da saudação do presidente.
Este momento é muito importante
porque nos ajuda a ligar a fé com a vida.
e) O que não devemos esquecer:
- A atitude da acolhida
- Favorecer um clima de silêncio
- O canto de entrada não é preciso
anuncia-lo: basta iniciar
- O canto de entrada não é para acolher
o Padre, mas é expressão da fé da comunidade reunida. Deve estar sempre
relacionado com o tempo litúrgico. Pode ser também um salmo. Pode haver também
dança.
- O beijo no altar, pouco valorizado,
significa, no entanto, beijar o próprio Cristo, Pedra Angular.
- Quem preside deve ficar sempre no
altar
- As primeiras palavras do presidente
devem ser as palavras bíblicas: Em nome do Pai... O presidente não deve dizer
“bom dia” ou “boa tarde”, porque isto já foi falado pelo comentarista.
- Aos domingos é oportuno que se faça a
procissão de entrada, da qual deve compreender.
Y A cruz
Y Os coroinhas (se houver)
Y Os ministros
Y O celebrante
E lembre-se:
O único elemento ritual
que nunca pode faltar nos ritos iniciais é a coleta ou celebração
inicial, feita sempre pelo presidente da Assembléia.
A coleta é e a oração
oficial que recolhe toda prece do povo.
As intenções da missa
devem ser colocadas antes da coleta, que por isso deve ser sempre precedida de
um momento de silêncio.
Todos os outros elementos
dos ritos iniciais podem ser omitidos ou trocados de lugar.
2.
Liturgia da Palavra
a)
Importância da Palavra de Deus na Liturgia:
Na liturgia o lugar especial. Ela é a
palavra viva e atual do Senhor: é Cristo Ressucitado no meio de nós.
A primeira função da palavra de
Deus na Missa é convocar a assembleia,
fazer acontecer a assembleia para celebrar o Mistéio de Cristo.
A segunda função da Palvra de Deus é anunciar a realidade de
Cristo resuucitado presente no meio de
nós:
-
é o mesmo Cristo que abre os olhos aos cegos...
-
que faz ouvir os surdos, andar os coxos
-
queliberta os pobres...
Por isso
é que respondemos: “Palavra da Salvação – Palavra do Senhor”
O Cristo
que nós escutamos é o mesmo que foi anunciado no antigo testamento: a partir do
Êxodo, referência fundamental para os judeus, ao longo de toda história do povo
de Deus, passando pelos Salmos e Profetas:
Þ É a primeira
Leitura;
Este
momento Cristo anunciado se encarnou num determinado tempo da História; assumiu
cultura, língua e religião de um determindado povo, o povo judeu e passou no
meio de nós fazendo o bem, para cumprir o porjeto do Pai anunciado desde o
inicio:
Þ É o evangelho;
A
realidade do Cristo encarnado no meio de nós torna-se visível no sinal
sacramental da Eucaristia:
Þ É a leitura
Eucaristica
b)
As leituras bíblicas na Missa
Na missa
dominical são lidos os quatros evangelhos quase que inteiramente e são assim
distribuidos:
·
Ano A: Evangelho de Mateus
·
Ano B: Evangelho de Marcos
·
Ano C: Evangelho de Lucas
O
evangelho de João é lido durante a Quaresma e o tempo pascal.
A
primeira Leitura é sempre tirada do antigo testamento, menos no tempo pascal,
no qual se lê os Atos dos Apostólos.
A
primeira leitura está sempre relacionada com o Evangelho.
O Salmo
de resposta está sempre relacionado com a primeira leitura.
A
segunda leitura é tirada das Cartas e, geralmente, não segue o tema do
Evangelho.
Desta
forma, domingo após, em três anos temos a possibilidade de ler quase toda a
Bíblia. Além disso podemos seguir os caminhos de Jesus passo a passo, tendo a
possibilidade de aderir a Ele sempre mais profundamente.
As leituras
bíblicas dos dias da semana seguem um esquema de dois anos: anos pares e anos
impares. O Evangelho é o mesmo nos dois anos.
c)
Alguns elementos da Palvra celebrada;
A
leitura deve sempre ser proclmada
Uma
leitura se diz “PROCLAMADA” quando estamos num contexto de celebração.
Uma leitura se diz
“LIDA” quando estamos num contexto de reflexão estudo, comunitário ou pessoal.
O que
sgnifica proclamar uma leitura?
-
Conhenecer muito bem o contexto e o conteudo da leitura;
-
Ter a consciência que estamos transmitindo a mensagem de Deus
para o povo;
-
Ter a preocupação que o povo efetivamente ESCUTE a
mensagem.
Quais são as titudes
para escutar a Palavra de Deus?
Requer:
-
Gratuidade e disponibilidade de coração ao se deixar
tocar, converter pela palavra.
-
Escuta atenta: a atitude básica é aquela de Maria que aos
pés de Jesus, ouvia as suas palavras, quase que pendurada aos seus lábios. Daí
a necessidade de ESCUTAR e não ler no folheto e nem na bíblia. Dificilmente na
bíblia conseguimos acompanhar direitinho o leitor, consequentemente podemos
perder o fio da mensagem transmitida. Mas o principal motivo fica sempre que a
leitura deve se ESCUTADA.
-
Clima festivo, a Palavra de Deus deveria ser acompanhada por cantos, porcissões, danças, luzes,
beijos, palamas, batuqyes...
Obs: A leitura – estudo
da Palavea de Deus nos grupos ( grupos de rua, grupos de oração etc...). é
diferente . Nos grupos é o próprio Jesus que fala para nós hoje e nós temos a
obrigação de escutar a sua Palavra a sua
palavra de vida, para nos converter. Neste Caso a Palavra não tem uma função
sacramental, como na Missa, e sim espiritual.
Toda liturgia da
Palvra deve convergir para o Evangelho, como o seu ponto alto, seja na
preparação, bem como na atenção do povo.
No
momento da proclamação do Eangelho seria
oportuno orienta, num gesto, também visível, de escuta atenta.
d)
Umas dicas para os leitores:
-
A
Palavra de Deus deve ser sempre proclamada no estante da Palavra, reservada
somente para este uso.
-
O Salmo responsorial também deve ser cantado estante da Palavra,
pois ele é Palavra de Deus. Seria bom que o Salmo fosse cantado pelo salmista e
não pelo povo, que porém pode intervir com um refrão, preferivelmente cantado.
-
O leitor deve possuir uma leitura suficientemente fluente,
pois o povo tem direito de ouvir a mensagem de deus.
-
As leituras sejam proclamadas ou da própria Bíblia, que deve
estar na estante, ou do lecionário. Não é oportuno que o leitor leve a sua
Bíblia Pessoal.
-
O leitor anuncia a palvra dizendo “ leitura da carta de ...”,
sem dizer capítulo e versículo e conclui dizendo” Palavra do Senhor”.
-
O leitor escalado deve preparar muito bem, mesmo se tem boa
leitura, pois o dele é um dos mistérios mais importantes. Deverá também
participar da preparação semanal da equipe de liturgia.
e)
A homilia e as preces dos fieis
Função da homilia:
·
Fazer uma breve explicação do texto bíblico
·
Atualizá-lo, ligando-o com realidade da comunidade, mostrando
como Deus nos chama a nos converter e a colaborar com ele para a tranformação
da nossa vida a da nossa sociedade.
·
Ligar todo anuncio feito nas leituras com a liturgia
eucarística, no intuito de introduzir o povo no ministério que está sendo
celebrado.
Obs: este terceiro
aspecto da homilia é próprio do Padre, na celebração da Missa. Na missa o Padre
pode envolver outras pessoas, para testemunho de vida, ou dramatizando o
evangelho, para favorecer a participação de todos.
A
homilia não pode durar mais de dez minutos.
As preces dos fieis:
Depois
da homilia seria oportuno um momento de silêncio para todos interiorizarem a
Palavra ouvida e explicada.
Depois
do “Credo”, a comunidade eleva a Deus as suas preces. As preces
deve ser da comunidade, nelas expressamos a nossa dor, a nossa angustia, mas
também as alegrias e as esperanças que nos levam adiante.
Umas dicas para as
preces:
·
As preces devem ser dirigidas Deus Pai
·
Alguém propõe a itenção de oração e o povo dá o seu
consetimento com uma resposta aclamada ou cantada.
·
A comunidade deve preparar as suas preces, usando as do
folheto somente em caso particulares.
Obs: As preces, bem como
os comentários deveriam sair da preparação da equipe de liturgia.
É sempre oportuno deixar um momentos de
silêncio para as pessoas fazerem as suas preces particulares : são os momentos
privilegiados de encontro com Deus.
3. Liturgia eucarística:
O trecho evangélico dos
discípulos de Emaús nos mostra quatros momentos em duas cenas bem distintas: os
mesmo se repetem no rito da Missa: Duas grandes cenas em quatro momentos:
1. Liturgia da Palavra com ritos
iniciais
2. Liturgia Eucarística com os ritos
finais.
Os dois grandes momentos
da celebração litúrgica são também chamados:
-
Mesa
da Palavra, onde Cristo nos oferece o Pão da Palavra.
-
Mesa
eucarística, onde Cristo se oferece ao pai, e a nós, em alimento.
Os
dois momentos nos ajudam a viver o único encontro com a Pessoa de Cristo.
Aquilo que foi anunciado na liturgia da Palavra acontece sacramentalmente na
liturgia Eucarística. Na homilia é preciso fazer esta ligação.
Na eucaristia Jesus vive o compromisso total com o projeto
do Pais e com a causa dos pobres até o fim. Ele foi morto por defender os
pobres, por defender a vida.
Sua Ceia é a celebração
da Aliança de Deus da vida. Quem senta a esta mesa se compromete com este Deus
da vida, se compromete em lutar contra qualquer exclusão e opressão dos
pequenos. Toda vezes que sentamos na mesa com Ele assumimos o mesmo
compromisso:
“Anunciamos, Senhor, a
vossa morte, proclamamos a vossa Ressurreição..”
TUDO ISTO É FAZER MEMÓRIA DO MISTÉIO PASCAL...
Verbos:
Toda liturgia Eucarística se
estrutura em torno de quatro verbos:
-
Tomou o pão e
o cálice...
-
Deus Graças...
-
O partiu e a deu
a seus discípulos...
a) Preparação das oferendas e da mesa.
“Tomou o pão e o
vinho...”.
Este é o momento de nos
prepararmos para o grande ofertório.
Trazemos pão e vinho
simbolizando toda a realidade humana, bendizemos a Deus porque Ele nos
proporcionou tudo isto:
-
ALEGRIA
– CONVIVIO
-
SOFRIMENTO
– DOR- DESESPERO
-
FUTURO
MELHOR – SOCIEDADE NOVA...
“Bendito seja Deus, pelo
pão e pelo vinho...”.
Este não é o
ofertório, o verdadeiro
ofertório, a verdadeira e única oblação acontecerá quando todas as
nossas vidas, juntamente com toda a realidade humana, com todas as pessoas
queridas serão entregue ao Pai assumido no Mistério Pascal, juntamente com a
vida de Jesus:
Por Cristo, Com Cristo, Em Cristo.
Umas dicas para a preparação das
oferendas e da mesa
Þ Pode-se preparar o altar estendendo o
corporal, o sanguíneo e, eventualmente flores. Evite-se de colocar no altar
outros objetos, para que o nosso olhar se concentre no pão e no vinho.
Þ Aos domingos faça-se a procissão
ofertorial, na qual, juntamente com o pão e o vinho, se oferecem outros dons
que possam ser partilhados com os mais necessitados, especialmente o dízimo, e
outros objetos que simbolizem a vida da comunidade.
Þ O canto do ofertório não é um dos
mais importantes da celebração, portanto pode ser omitido.
b) Oração eucarística
“DEUS GRAÇAS...”
É o momento da ação de
graças... Agradecer por tudo aquilo que Ele fez na nossa vida. O agradecimento
não se faz somente depois da comunhão, a grande ação de graças acontece
justamente durante a oração eucarística:
“Jesus tomou o pão, deu
graças e o deu a seus discípulos...”.
O dar graças vem antes da
refeição.
ESTE É O MOMENTO!
Sabemos também que a
Palavra “Eucarística” significa “ AÇÃO DE GRAÇAS”.
Então: primeiro agradecer
depois de comungar!
Lembramos o convite ao Santo:
“Corações ao Alto”
“O
nosso coração está em Deus”
“Demos graças ao
Senhor nosso Deus ...”
Este convite dialogado tem como
objetivo de fazer com que a Assembléia seja uma, um só coração, numa só voz, ao
Cristo para dar GRAÇAS AO PAI, o ponto culminante desta ação de graças é a
doxologia final:
POR CRISTO
COM CRISTO
EM
CRISTO
Neste momento cada um de
nós se une, corpo, mente e espírito, ao Cristo e oferece, junto com Ele e com
todos, ao Pai, o verdadeiro e maior agradecimento que podemos dirigir a Ele.
A oração Eucarística é
ação de graças, mas também memorial da Paixão e sacramento da oferta do
sacrifício de Jesus.
É sacrifício porque faz memória não somente da grande
ação de Graça da Ultima ceia, na qual Ele se deu a nós em alimento, mas também
dos seus Sacrifícios na Cruz:
-
O PÃO = Corpo dado
-
O VINHO = Sangue derramado
O significado mais
profundo da Missa encerra, então, estes dois elementos: ação de graças –
comunhão.
Entrega total – sacrifício
Durante a celebração
eucarística o Presidente da Assembléia fala de todos, e nos damos o nosso assenso com
refrões, que, possivelmente, deveriam ser cantados. É claro que os maiores
assenso o dão na doxologia final, cantando ou aclamando o AMÉM! Este AMÉM
significa a nossa plena adesão ao Ministério celebrado em louvor ao Pai,
portanto deve tomar a atenção do corpo, da mente e do espírito de cada um de
nós que participamos a Assembléia.
É o maior e mais pleno
SIM que podemos dizer a Deus Pai.
A Oração Eucarística cabe
ao Presidente da Assembléia, que é o Padre.
Nas celebrações da Palavra não se devem dizer expressões
próprias da Oração eucarística (como Prefácio ou Santo).
Esquema da Oração Eucarística.
A – dialogo inicial
Ç – prefácio
à - Primeira epíclese (invocação ao Espírito Santo
sobre as oferendas)
O – Narrativa da Ultima ceia
DE – Anamnese (memorial) e oferta
G - Segunda Epíclese (invocação ao Espírito Santo sobre
a comunidade)
R - Intercessões
Ç - Doxologia – AMÉM
A -
Após a narrativa da
Ultima ceia o presidente anuncia solenemente.
Eis o ministério da Fé!
É o anuncio da Páscoa, é
o memorial, é o fato passado que acontece aqui e agora para nós!
Por isso devemos dar
muito realce a aclamação após este anuncio: deveria sempre ser cantada! Outros
refrões, neste momento, são inoportunos.
C) Rito de Comunhão.
O PARTIU e Deu a seus discípulos...
Nós ficamos ao redor da
mesa dando graças, fazendo memória do sacrifício de Jesus, nos indo a sua
entrega total ao Pai, partindo profundamente do Mistério da sua Paixão, morte e
Ressurreição:
Þ Ora é o momento de comungar com Ele
tudo isto
Þ Ora é o momento de assumir com Ele o
Projeto do pai
Þ Ora é o momento de entrar em profunda
comunhão com Ele e com os irmãos.
Þ Ora é o momento de continuar a Missão
de Jesus.
Comungar, portanto, nunca pode ser um ato
individual. Não é simplesmente receber Jesus no meu coração, mas é aceitar,
como comunidade o projeto Dele e a sua Missão. Nos unindo corporalmente a
Ele, que fez de sua vida uma ação de graça, em louvor ao Pai, nós também nos
tornamos louvor, benção e ação de graça: nos tornamos EUCARISTIA, um só
corpo oferecido de Cristo dá continuamente louvor ao Pai...
Neste sentido a Eucaristia Faz A
Comunidade, Enquanto A Comunidade – Igreja Celebra A Eucaristia.
Por isso é que devemos
poder comungar ao Pão consagrado na missa que estamos celebrando a recorrer a
reserva eucarística do Sacrário somente quando há excesso de pessoas.
As sobras deveriam ser
repartidas e não guardadas, a não ser o que precisa para os doentes. Seria bem,
quando possível, comungar também ao cálice.
Estrutura dos ritos de
comunhão:
Þ Pai nosso
Þ Oração pela paz e Cordeiro de Deus
Þ Oração individual do Presidente
Þ Apresentação e distribuição do Pão e
vinho
Þ SILÊNCIO
Þ Salmo ou hino de louvor após a
comunhão.
Þ Oração após a comunhão.
Dicas para os ritos de comunhão:
Þ Desde a antiguidade o canto de
comunhão sempre (que pode também ser um salmo) sempre retomou o Evangelho.
Þ As purificações do cálice, da patena,
das âmbulas deveriam ser feitas pelos ministros/as, numa mesinha à parte e não
no altar.
Þ Após a comunhão se dê espaço ao
silêncio, que a liturgia chama de “grande silêncio”, para mergulhar numa
intimidade maior com Jesus e o seu Mistério. Fundo musical pode acompanhar o
silêncio.
Þ Após o silêncio pode haver um hino de
louvor e ação de graças.
Þ Neste momento também se ofereçam aos
pães benzidos.
Þ A oração após a comunhão nos leva ao
compromisso com o mundo: que possamos viver lá, fora àquilo que celebramos!
Þ Após a oração ser feita uma homenagem
a Maria.
4) Ritos finais:
Antes de sair,
revigorados pelas Palavras e pelo Pão ouviremos aos avisos da comunidade que
devem ser Breves, Claros, objetivos.
É bom deixar por ultimo o
aviso mais importante. Enfim o Presidente da a benção e despede a Assembléia.
SERVIÇO DE ANIMAÇÃO LITURGICA.
Todas as pastorais brotam
da liturgia e a ela convergem. A liturgia deve dinamizar todas as pastorais e
movimentos. Uma celebração litúrgica não é algo que cai pronto do céu: requer
preparação. É uma realidade que deve ser pensada e preparada com muito carinho.
Fazem parte do serviço de animação
litúrgica:
a) A equipe de liturgia
b) As equipes de celebração.
a) A equipe litúrgica:
É formada por membros da
comunidade que tenham a tarefa específica de celebrar, ou que sintam carinho e
aptidão para este tipo de serviço.
Ela é formada:
Þ Pelo coordenador/a
Þ Pelo padre e pelos ministros da
comunidade
Þ Pelos representantes das pastorais
que amem a liturgia e que tenham a tarefa de dinamizar liturgicamente a
pastoral
Þ Pelos representantes de cada equipe
de celebração
Þ Pelos representantes do canto
litúrgico.
Tarefa da equipe de liturgia:
Þ Garantir a vida litúrgica da
comunidade
Þ Coordenar as atividades das equipes
de celebração e escalá-las para diversas celebrações
Þ Programar e avaliar a atividade da
pastoral litúrgica
Þ Favorecer cursos, encontros de
formação para equipes de celebração.
Þ Promover a dimensão litúrgica junto a
movimentos e pastorais
Þ Manter a ligação com a paróquia e ou
setor.
Þ Organizar a preparação semanal para
apresentação das leituras, comentários, preces, homilia... (A esta preparação
deve participar, pelos menos o coordenador/a).
Þ Se reunir pelo menos uma vez por mês.
b) Equipe de celebração:
É um grupo de pessoas pertencentes
a uma pastoral, movimentos ou bairro que se encarrega de preparar em específica
celebração.
Ela é formada:
Þ Pelo coordenador, representante da
pastoral.
Þ Pelo comentarista
Þ Pelos leitores e salmistas
Þ Pelos acólitos e pessoas encarregadas
da acolhida e coletas
Þ Pelos cantores/as e músicos
Tarefa da equipe de celebração:
Þ Organizar o local da celebração para
que seja acolhedor e agradável
Þ Escolher com antecedência os leitores
e comentaristas, e, se forem vários, escalá-los.
Þ Fazer a preparação semanal da
celebração para o qual foi escalada, junto com a equipe da liturgia.
Þ Nesta preparação semanal devem
participar obrigatoriamente leitores escalados para o Domingo seguinte. Nunca
se entrega uma leitura a quem não esteja preparado com antecedência.
Þ O comentarista, ao introduzir a
leitura, evite dizer o nome do leitor (a proclamação da Palavra não é um
espetáculo).
Þ O comentarista se for oportuno, pode
anunciar capítulo e versículos da leitura. Melhor seria escrever num cartaz, à
vista de todos, o capítulo e versículos.
Þ Distribuir as tarefas da celebração e
prepará-la a fim de que todos possam participar.
Þ Ser criativos e, ao mesmo tempo, se
ater as regras litúrgicas da Região e da comunidade.
Dicas para o Presidente da
Assembléia:
Þ O primeiro ato do Presidente da
Assembléia chegando, é o beijo e a invocação da Trindade. Não é oportuno
cumprimentar a Assembléia antes disso.
Þ O presidente, sempre que possível,
participe da preparação semanal da celebração, ou, se não puder participar, se
informe com o/a responsável do andamento detalhado da celebração.
Þ Seria oportuno um momento de silencio
antes da coleta para todos colocarem as suas intenções particulares; depois da
homilia, para o povo interiorizar a mensagem e depois comunhão para favorecer a
intimidade com Jesus.
Þ O Presidente evite repetir anúncios
já feitos pelo comentarista, a não ser que o faça para dar mais realce.
Dicas para os comentaristas.
Þ O ministério do comentarista é muito
importante porque tem o papel de introduzir, orientar e acompanhar a assembléia
em todos os momentos da celebração;
Þ É como o professor que acompanha o
aluno para ele aprender.
Þ Se possível, personalize os
comentários, falando para o povo e não lendo: comentarista não é leitor!
Þ O comentarista deve conhecer muito
bem todos os momentos da celebração, especialmente nas festas e solenidades.
Þ Deve também ter conhecimento do
mistério litúrgico celebrado, do conteúdo e das leituras.
Þ Os comentários e as leituras devem
ser breves e objetivas.
Þ No inicio da celebração deverá falar
de forma que a Assembléia se disponha a uma atenta celebração.
Þ Ele pode e deve chamar a atenção
sobre os principais momentos da celebração.
Þ Se couber a ele dar avisos e recados,
seja breve, claro e objetivo.
Dicas para cantores e tocadores:
Þ O cantor/a na Igreja deve saber que
está exercendo um verdadeiro ministério – serviço e como tal se põe a serviço
do povo e da comunidade e não de si mesmo.
Þ A escolha das músicas e cantos deve
obedecer a um critério litúrgico e nunca se faz a gosto ou de qualquer jeito.
Þ Seria oportuno que, pelos menos
dentro da mesma paróquia se cantem os mesmos cantos, como sinal de unidade.
Þ Cantores e tocadores devem ensaiar
juntos pelos menos uma vez ao mês ou toda vez que haja um canto novo. Evita-se
longos ensaios antes da celebração.
Þ Entre os músicos haja alguém que
saiba mexer com o som para testá-los antes da celebração.
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