terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Pastoral de Ministros



Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística



O Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística exerce um ministério.
É um servidor e deverá conscientizar-se de que a sua preocupação deve estar voltada para uma
relação intima entre o ministério, Jesus e a comunidade, ou seja, a pessoa deve carregar consigo que o ministério é estar a serviço de Jesus antes da comunidade, isto é, uma intimidade de pura espiritualidade, tornando essa comunidade mais cristã, mais missionária e ativa a caminho da salvação.O Ministério requer a consciência do compromisso assumido mediante Cristo e a comunidade para isso o Ministro extraordinário da comunhão eucarística deve buscar conhecer melhor sua fé e o espírito de vivência comunitária e que seja um promovedor e transformador da fraternidade. Portanto todos os ministérios devem ser exercidos em um espírito de serviço fraterno e dedicação à Igreja, em nome do Senhor. Ao mesmo tempo, a consciência de cada fiel, em seu julgamento moral sobre seus atos pessoais, deve evitar a encerrar-se em uma consideração individual, ao contrário deve-se fazer plenamente comunhão Deus e o irmão, na alegria, na tristeza e na vida como um todo. Pode-se dizer que esta comunhão só acontece com a convicta consciência “do estar a serviço para quem”. Serviço este que dignifica aquele que já é digno para levar a partilha desta dignidade ao outro, ao irmão. A presença do Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística é um sinal da sensibilidade ao apelo à colaboração fraterna e ao serviço na Igreja que se faz comunhão com Deus, os Ministros Ordenados (Padre, diáconos e religiosos), Ministros não Ordenados, a comunidade e a fé. Todo o ministério tem uma característica comunitária, divina e humana: “A cada um Deus confere dons para que possa colocá-los a serviço da comunidade”, na dimensão divina, Deus fortalece aquele que se dispõe a pratica de Sua vontade e na dimensão humano a pessoa é fortalecida pela graça da aceitação ao chamado e
se colocar ao serviço.
Todo Ministério só é completamente fortalecido quando nutrido pelo amor a Deus, ao irmão e ao serviço se fazendo comum união verdadeira e perpetuando pela consciência da missão que se torna testemunho no mundo promovendo a transformação que possa levar todos a salvação, lembrada sempre que Jesus é o centro da vida e de todo Ministério.

Espiritualidade

Cada Ministro, por ser perante o mundo, testemunho da ressurreição e da vida do Senhor Jesus, e sinal do Deus vivo, deve aprimorar-se na oração, praticar a penitência, conhecer os documentos da Igreja e viver a doutrina cristã. O aprimoramento espiritual dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão consiste no aprofundamento, escuta e vivência da Palavra. O Ministro se dispõe a caminhar em nome de Jesus e da comunidade até o irmão e leva-lhe o Pão da Vida! É responsabilidade da comunidade dar atenção primeira aos mais necessitado fazendo chegar até eles a força do Pão Vivo, a Eucaristia. Através dos Sacramentos a vida do homem, sua experiência passam a ter novo sentido! A vida nos reserva momentos e situações que sem a iluminação da fé, não conseguimos compreender. Sem a força do Pão
Vivo da Eucaristia, temos dificuldades em aceita-los e, sem a certeza de que em Cristo todo o sofrimento e morte tornam-se nova vida e libertação, não conseguimos caminhar. Por isso, iluminados pela fé e fortalecidos pelo Pão da Eucaristia, seguimos com coragem o caminho de Cristo.
O ministro é um servidor e com esta consciência cristã ajuda, em nome de Deus e da comunidade de fé, no trabalho que a Igreja necessitar antes de ver qualquer empecilho, a força maior está com aquele que se coloca a servir. A Espiritualidade do ministro seja essencialmente leiga, com consciência suficientemente esclarecida sobre a sua condição laical. Sendo então o Ministro um servidor, que se doa e que empresta seus pés e se dispõe a caminhar para a comunidade, até aquele que busca a Jesus, fazendo chegar até ele a força do Pão Vivo, a Eucaristia, com a responsabilidade de dar atenção e ser a presença viva do próprio Jesus. Para isso é importante que o Ministro conheça documentos, especialmente referentes à Eucaristia, a fim de exercer retamente esse ministério, e que conheça a “Instrução Geral do Missal Romano”, que disciplina a celebração da Santa Missa, evitando muitos procedimentos de maneira
errada. O Senhor quer que seus discípulos tenham um poder imenso em Seu nome, quer que seus pobres servidores realizem tudo como Ele faria estando na terra.
É também essencial que a teologia do sacerdócio comum dos fiéis esteja à base da espiritualidade, redescobrindo todas as dimensões dos sacramentos da iniciação cristã e que toda a formação espiritual seja adequada a todas as áreas da personalidade, que não seja artificial, fugindo às realidades temporais e que dê a sua atividade e à sua presença um sentido de fé, de esperança e de caridade cristã, que a
desenvolvimento do serviço o leve a descobrir e a apresentar aos outros a presença de Deus nas realidades temporais, que o leve sempre a renovar a identidade Cristã no mundo, que tenha uma espiritualidade de sal,
luz e fermento, que seja um Ministro de ação, de oração e dos sacramentos, que mantenha contato com a
Palavra de Deus, a intimidade com Cristo na Eucaristia, na celebração dos Sacramentos e na prática da oração individual e comunitária.

 Missão

O Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão tem por objetivo de suprir uma necessidade da Igreja atribuindo além de assumir a identidade engajando-se mais profundamente na comunidade dando com maior intensidade sua contribuição para a construção do Reino de Deus e desempenhando com maior assiduidade sincrônica e harmoniosamente com os ministérios afins e outras pastorais da Igreja algumas
atividades.
1 - Conhecer as necessidades da comunidade, seus apelos, as prioridades mais urgentes a serem respondidas.
2 - Conscientizar, a partir da realidade, dinamizando as tarefas comunitárias, sob a luz da Palavra de Deus.
3 - Apoiar os grupos da comunidade, ajudando-os a um trabalho participativo de comunhão. Ministério é serviço na comunidade.

4 - Cristo é o Pão da vida. O Ministro não só distribui o Pão Eucarístico, mas está comprometido com a "vida dos irmãos".
5 - O Ministro deverá estar ligado profundamente a Cristo, dinamizando e fermentando a comunidade, promovendo a fraternidade.
6 - O Ministro é chamado a conhecer melhor sua fé, ao estudo permanente, e à vivência concreta da fé na comunidade, principalmente junto aos necessitados e doentes.
7 - É importante que o Ministro cultive sua fé, o espírito comunitário, cresça na consciência do anúncio do Reino de Deus e da denúncia daquilo que não constrói fraternidade. Cresça no dom de si mesmo, na
espiritualidade Eucarística, visando transformação. Suas atividades são diárias e constantes, concentrando-se, basicamente no servir.
8 - A de "servir o altar", junto ao sacerdote durante as Missas, obedecendo a uma escala previamente elaborada no intuito de que haja um justo revezamento para que todos tenham oportunidade de participar tanto das Missas semanais, como nas dominicais.
9 - A visitação aos doentes: onde é realizado deverá ser realizada uma preparação do doente para receber o
Sacramento despertando também os familiares para a consciência do sacramento. Este trabalho pode ser
feito em conjunto com a Pastoral da Saúde, de tal maneira que, no mínimo uma vez por semana, esta seja efetuada pelo Ministro da Comunhão acompanhado do agente visitador da Saúde, visando uma perfeita integração em benefício do doente, realizando atividades que se complementam. Ao conforto espiritual para o corpo, oferecido pelo visitador da Pastoral da Saúde, acrescenta-se o “alimento da alma”, o Pão
Vivo da Eucaristia, oferecido ao enfermo no momento da comunhão que, nesta específica ocasião somente ao Ministro caberá administrar.
10 - Estar presente nas celebrações das exéquias sempre que houver necessidade, levando juntamente com outros membros o conforto aos familiares do falecido, dando um sentido cristão à morte.
11 - Presidir o culto eucarístico na ausência do sacerdote.
12 - Irradiar sempre que oportuno, a mensagem da Palavra de Deus por ocasião das visitas, ou no ambiente comunitário, de forma evangelizadora.
13 - Formar a comunidade cristã através da Palavra de Deus, despertar-lhe a fé e prepará-la para celebração eucarística.
14 - Expor e repor o Santíssimo Sacramento, nos termos do CAN 943.
15 - Participar ativamente da festa de Corpus Christi, congressos eucarísticos e semanas eucarísticas.
16 - Zelar pela dignidade do culto eucarístico e de tudo que lhe diz respeito.
17 - Dar resposta ou tirar dúvidas com respostas concretas, senão buscar a resposta certa antes de passá-la.
18 - Os ministros extraordinários deverão ajudar-se mutuamente e confraternizar-se entre si, tanto no plano espiritual como no plano material.

Alguns critérios para o exercício

1 - Seja crismado e tenha participação ativa na comunidade;
2 - Tenha vida cristã idônea, coerente e praticar a penitência;
3 - Se casado, que tenha um bom relacionamento e vida familiar cristã;
4 - Não podendo excluir os mais jovens deste ministério;
5 - Disponibilidade para o serviço (celebrações, visitas aos doentes e reuniões) e para participar de cursos específicos, promovidos pela Igreja ou Diocese;
6 - Capacidade para trabalhar em grupo, tanto na comunidade quanto com os ministros.
7 - Testemunho vivo de amor a Eucaristia;
8 - Indicação feita pela comunidade ou atitude visível e testemunhada;
9 - O mandato ter validade por tempo determinado, podendo ser prorrogável a critério da Igreja;
10 - Em caso de necessidades pastorais o Padre pode convocar qualquer fiel para este serviço;
11 - Aprimorar-se e ter vida ativa de oração e comunhão;
12 - Estar unido a Cristo e aos irmãos na vivencia da doutrina cristã e dos mandamentos da Lei de Deus, da Igreja e dos Sacramentos;
13 - Ter uma fé pura, não acreditar em superstições, crendices, espiritismos, macumbas, benziçoes contrárias aos princípios evangélicos e à Santíssima Trindade;

14 – Fazer da oração alimento diário para si, familiares e para a comunidade;
15 - Disponibilidade, humildade e obediência ás orientações da Igreja;
16 - Presteza e solicitude;
17 - Comprometido, acolhedor e alegre;
18 - Respeitador dos direitos de outrem, vivendo de acordo com os valores evangélicos religiosamente e socialmente;
19 - Estar aberto ao aprendizado de coisas novas, nunca pensar que já sabe tudo, e não ter vergonha de
dizer que não sabe;
20 – Ser bom conselheiro sem faltar com o sigilo e respeito, tendo o bom senso de usar mais os ouvidos.

 Atitudes do Ministro

· Considerando que a escala é passada com antecedência, numa eventualidade de coincidência de
compromisso o Ministro é responsável por fazer a troca não deixando vaga a sua posição de servir.
· A preparação para o cumprimento do serviço vem da total consciência e modo de cada um desde
que se faça sintonia com Jesus e demais membros em atividade (Padre, equipe de liturgia, música e
demais Ministros) a parte do Ministro não deve e não pode ser isolado, um ministério alheio.
· Usar trajes adequados, que inspirem o respeito que a ocasião requer, porém, asseados e sem
formalismo;
· Apresentar-se com a aparência (penteado, maquiagem e unhas cuidadas) mantendo devidos cuidados que o lugar e a situação requerem;
· Não utilizar acessórios que possam atrapalhar ou desviar a atenção;
· Evitar distribuir a comunhão quando estiver com ferimentos, ataduras ou bandagens, sobretudo nas mãos e nos dedos;
· Verificar de acordo com o costume do Padre, o Missal deve estar sobre o altar no momento oportuno e deve ser preferido ao folheto, por questão de dignidade e beleza;
· Quando escalado o Ministro deve chegar ao mínimo 40 minutos antes do inicio da celebração.
· Na chegada na Igreja, antes de iniciar os serviços a visita ao santíssimo é indispensável para a
oração pessoal (colocar-se na presença a serviço de Jesus).
· Contribuir sempre para arrumação que antecede a celebração, ajudar a observar detalhes.
· Discutir atividades, onde sentar, aspersão e comunhão ou mudanças e observações antes da Celebração para que não haja bate papo e trânsitos desnecessários durante a celebração desviando a atenção.
· Estar atento e em sintonia ao acontecimento e a alguma necessidade extra ou fato inesperado.
· Ceder o lugar do serviço a outro, caso não esteja em condição adequada ao momento.
5.3. O que não deve ocorrer na vida prática do Ministro
· Ver o Ministério como status e não como um serviço
· Ter dupla personalidade: ser amável pela frente e rancoroso pela costa
· Curtir no coração certas rivalidades, indiferenças e inimizades com alguém
· Falta de piedade ao entregar a hóstia ao comungante
· Gostar de exercer o ministério só dentro da Igreja e perto do Padre
· Usar vestes impróprias
· Dizer fórmulas inventadas na hora de entregar a hóstia em vez de “O Corpo de Cristo”
· Misturar hóstias consagradas com hóstias sem consagrar
· Deixar para usar a veste de ministro somente na hora de distribuir a comunhão
· Não ter zelo pelos objetos litúrgicos e alfaias
· Achar que já sabe tudo e que só o seu jeito é certo e não buscar aprendizado dentro do ministério
· Não ser verdadeiramente amigo dos outros membros do grupo
· Não ser pontual chegando em cima da hora
· Não se preocupar com a preparação que antecede a celebração porque espera que os outros façam
· Achar que a missão de servir cabe só aos olhos do Padre, dos coordenadores e da comunidade
· Deixar de contribuir para a arrumação do local após o termino da celebração, deixando para os
outros, deve haver um consenso.

Fonte: CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA LUMEN GENTIUM SOBRE A IGREJA

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