segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Comunidade São Sebastião


Comunidade São Sebastião - América Dourada.

História da comunidade São Sebastião -  América Dourada - BA

A Igreja Católica em América Dourada iniciou-se juntamente com a formação do povoado.
Ao Chegarem aqui os primeiros habitantes representados pelo casal Teotônio Marques Dourado e sua esposa Amélia da Silva Dourado, ergueram uma pequena Capela e escolheram como padroeiro São Sebastião, cuja devoção remota ao antigo Arraial de São Sebastião, onde residiam antes de virem para esta região e que hoje é a sede do Município de Caturama.
A pequena povoação se estabeleceu as margens do Rio Jacaré e manteve viva a fé católica herdada de seus antecedentes, dando início logo que chegaram a construção da capela, na data provável de 1973.
De pequena dimensão, devido ao tamanho do povoado e ás dificuldades financeiras da época, a capela São Sebastião, era bastante freqüentada pelo povo que se reunia aos domingos, tendo aulas de catequese para as crianças, rezas do terço e do ofício de Nossa Senhora, além das novenas. Nas várias celebrações litúrgicas do ano, a pequena igrejinha ficava lotada, pois o povo demonstrava a fé pelo modo de viver e pela prática da Religião.
Por longo tempo, a Religião católica se manteve como única manifestação religiosa do povoado que depois foi elevado a categoria de vila. Até a cidade de Irecê se tornar paróquia, pertencíamos à Paróquia de Nossa Senhora da Graça de Morro do Chapéu, cuja diocese era Senhor do Bonfim.
Era costume da época as capelas terem pessoas que cuidavam da limpeza, ornamentação e principalmente das celebrações religiosas com bastante dedicação num período marcado pelas enormes dificuldades financeiras, mas de grande demonstração de fé e amor a Deus. Essas pessoas recebiam o nome de zeladoras.
Amélia da Silva Dourado foi a primeira das zeladoras responsável pela construção da 1ª capela e da aquisição do sino primitivo e da imagem do santo Padroeiro, São Sebastião. Ao morrer foi sepultada na igreja a pedido da comunidade católica em reconhecimento da grande religiosidade, bondade e desprendimento demonstrado por ela. Quis Amélia que a Capela São Sebastião ficasse após a sua morte aos cuidados de uma sobrinha. Maria da Glória Marques França, também muito devota e dedicada à casa de Deus. Ela cuidou com grande responsabilidade e zelo da Capela, e ao morrer passou esse compromisso a sua sobrinha de mesmo nome. Maria da Gloria Marques França, mais conhecida como “Dona Glorinha. Glorinha França era uma pessoa querida de todos, de muito carisma e indiscutível liderança, se mostrou digna da responsabilidade que foi confiada. Era  zeladora da Igreja, catequista, cuidava dos doentes, ajudava aos mais pobres e procurava atrair ás pessoas á prática da religião e a recepção dos sacramentos. Empreendeu em 1946, a ampliação da Capela ao tamanho e a altura que se encontra hoje. Nenhuma cidade da região teve uma capela primitiva em tal proporção, isso foi uma grande demonstração  de fé e amor a Deus. Além do trabalho realizado em prol da igreja e da sua comunidade,Dona Glorinha firmou a sua grande fé, quando com grande dificuldade empreendeu enormes esforços para ajudar o seu sobrinho, Domingos frança Dourado a ir para o Seminário em Olinda ( Pernambuco) que para sua imensa alegria ordenou-se padre em 06 de Abril de 1947.
Durante sua vida como liderança religiosa teve ajuda de todos, dentre os quais se destacaram bispos, padres e senhores da comunidade que o ajudavam constantemente.
Glorinha França estando muito doente confiou o cuidado da igreja a sua sobrinha e afilhada Maria Bernadete, conhecida por todos por Dona Dete, que por sua vez correspondeu ao chamado de Deus para zelar com total esmero de sua pequena Igreja, ensinando o catecismo, promovendo a prática da religião, cuidando com toda dedicação à causa da Evangelização, sendo muito ajudada e apoiada por toda a comunidade especialmente por Afra Dourado, Rosália de Castro Dourado,Alda Maria de Oliveira, conhecida como Dadá. Merece também grande destaque na história dessa Igreja a pessoa de Cândido Borges, que foi noiteiro e devoto de São Sebastião por cinqüenta e nove anos ininterruptos sendo o doador da imagem do padroeiro que se encontra no altar da Igreja de São Sebastião atualmente.
Cabe aqui ressaltar a grande contribuição do ilustre Pe. Domingos França Dourado, por ser o primeiro padre da cidade que muito lutou pelo desenvolvimento de sua terra natal, pela Igreja de São Sebastião e para que a cidade de América Dourada pudesse se tornar  paróquia.
Coube a ele o incentivo para a construção da casa paroquial ajudando bastante também em sua construção, a melhoria da Igreja, preocupando sempre com a parte material sem deixar de lado a parte espiritual em sua essência .

Fontes Orais – José  de Castro Dourado, Maria Bernadete Dourado Pimenta, Maria das Graças Dourado Pimenta

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